quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Peregrino pousa na Colina do Tordo

Chegou a vez do blog "Colina do Tordo" fazer a resenha de "Peregrino". É mais um participante do book tour que tivide conosco a sua opinião sobre o livro. Se você quer conhecer as impressões que a Fernanda teve do livro é só ler abaixo. É possivel ver também clicar no link ler a postagem original e conhecer os comentários do que os leitores da "Colina do Tordo" acharam da resenha e as impressões que tiveram do livro através dela. É só clicar aqui. Há alguns spoilers.

Peregrino - Marcos Monjardim

Um sonho premonitório com casas suspensas em árvores. Dois jovem de uma terra gelada se envolvem em uma contenda para decidir as ações de defesa de seu clã. Traição, intriga, amizade, romance, ódio e morte se alastrariam além das terras de Huega. Narnys, brantianos e baharans: vários povos envolvidos, e o peregrino como testemunha. O destino do clã mudaria a vida de todos arrastados nessa rivalidade e as consequências de seus atos poderia mudar todo o mundo conhecido.









"De cima de seu galho um falcão peregrino observava as minúsculas vidas ao solo. Vidas, sangue, suor, lágrimas e sorrisos que se unem e vão tecendo o destino. Hoje a família havia se reencontrado." Pág. 195

Esse livro faz parte do Book Tour realizado pelo próprio autor e a Colina foi um dos blogs escolhidos para ler e resenha-lo. Não sabia o que esperar da história e fiquei bem curiosa quando chegou aqui em casa. É uma história épica e irresistível para quem gosta do gênero, eu adoro!

Thiers e Enoque viviam no clã Baharan, nas terras geladas da Huega ao norte do grande continente. Lá o inverno era muito rigoroso, chamado de vento cortante. Nessa época era comum os clãs invadirem outros em busca de comida e suprimentos para passar o frio.

Enoque era sobrinho do grande patriarca, que era aquele que decidia o futuro do clã, e ele seria seu sucessor. O jovem baharam era um forte guerreiro e não temia batalha alguma. Impiedoso, inescrupuloso e orgulhoso, tinha muitos planos para o futuro do clã. Thiers era diferente. Estrategista e embora sendo um ótimo guerreiro também, preferia a estratégia do que uma batalha desnecessária.

Quando Thiers enfrenta Enoque no conselho, levando suas idéias para  o clã, dizendo que a defesa seria melhor do que a batalha, Enoque vê nele um inimigo e a guerra entre os dois está formada. O conselho, formado pelos mais velhos e guerreiros do clã, aceitam a ideia de Thiers e que causa ira maior em Enoque. Fazendo-o se revoltar contra seu próprio povo e aliar-se aos inimigos. Mas seus planos não dão muito certo e ele acaba sendo descoberto e exilado da aldeia.

Thiers também sai da aldeia, mas ao contrário do outro, por causa de um sonho revelador com uma bela mulher, uma floresta e casas nas árvores. Com isso segue rumo ao sul do grande continente e onde seu destino se formará.

Em busca de realizar esse sonho, o jovem guerreiro encontra em seu caminho, Jonas, um jovem inexperiente e brantiano, que estava  procurando guerreiros para contratar e defender sua aldeia, Brant, que ficava nas terras do Duque da Desesperança, contra os guerreiros de Vizu.

Esse encontro não só selaria o destino do jovem, como também ele iria ajudar a defender um povo da corrupção e injustiças e a encontrar seu novo lar. Mas no seu destino também está Enoque.

Enquanto um busca defender seu povo, o outro busca a vingança. E o falcão peregrino observa de longe o desenrolar dessa história.

Assim como A jornada onde tem como simbolo a borboleta monarca, aqui aparece o falcão peregrino, sempre quando algo importante acontece. Para quem gosta de histórias medievais e batalhas épicas, é uma boa leitura. Apesar de seu tamanho, não é uma história cansativa. Há partes fortes, mas também outras que descontraem e divertidas. As descrições também são muito bem feitas, as cidades e personagens são muito bem construídos e eu tinha uma visão perfeita de como seria.

Os personagens são o que há de melhor. O meu preferido, sem dúvidas, foi Jonas com seu jeito "bobo". Thiers e Nathalie, que eu não mencionei antes mas ela aparece um pouco depois da metade do livro, tem personalidades cativantes.

"-Tenho que acreditar. Como dizia um grande amigo meu, tenha fé nos deuses consiga. Faça sua parte e deixe que os deuses guiem seu caminho. Isso é só o que eu posso fazer." Pág.292

Algo que eu achei que faltou no livro, foi romance. Parece que toda a história é voltada para batalhas e sangue. Uma passagem, por exemplo, que eu não gostei foi quando Thiers encontra aquela misteriosa mulher do seu sonho. Faltou romance e um foco extra nessa parte, pois se ele foi atrás da mulher e a encontra, tem que ter pelo menos uma conversa e mais alguma coisa. Nem isso teve.

Outro problema foi a falta de revisão. Até a metade do livro não percebi nada gritante, mas depois começou a aparecer várias vezes. As editoras deviam dar mais atenção nessa parte. Uma boa revisão é que torna a leitura mais atraente e agradável. E não é por ser autor nacional que a revisão deve relaxar, é principalmente para eles que elas devem ser levadas mais a sério.

Tirando essa parte chata, é uma leitura muito agradável. Me lembrou algumas do mesmo gênero, mas com um tom descontraído. Peregrino é recomendado para todos.



Rating:  


Editora: Multifoco
ISBN:
Páginas: 444

2 comentários:

  1. Oi Marcos!!!
    Mais uma resenha positiva e fico super feliz por vc. Vc merece todo reconhecimento. O livro é muito bom e os pequenos deslizes apontados por ela, fazem parte do que a editora devia ter feito e não fez.
    sucesso sempre. bjs

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